sábado, 19 de novembro de 2011

A Expansão Comercial e Maritima dos Europeus

HISTORIA DO BRASIL I
ATIVIDADE PROGRAMADA

Autores: Rubens Xavier Lima e Jeane Macedo Marques

A PRIMAZIA DE PORTUGAL

OS PRIMEIROS 30 ANOS DA AMÉRICA PORTUGUESA

O GOVERNO GERAL - IMPLANTAÇÃO

A UNIÃO IBÉRICA E AS AMEAÇAS EXTERNAS NA AMÉRICA PORTUGUESA

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           No inicio do século XV, portanto ainda no final da Idade Média, começou na Europa um processo de Expansão Comercial e Marítima que envolveu países como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, interessados em ampliar o comércio nacional em direção à África e à Ásia.
            A Expansão Comercial e Marítima foi causada por um conjunto de forças e motivos que impulsionaram os europeus para as Grandes Navegações, para a dominação sobre os asiáticos, os africanos e mais tarde sobre os americanos e para a formação de grandes impérios coloniais.
            Dentre essas forças e motivos destacam-se: a procura de mercados produtores agrícolas, para suprir as necessidades da crescente população europeia, a procura de mercados consumidores de produtos manufaturados da Europa, e escassez de metais preciosos na Europa, a Ascenção da Burguesia, a aliança entre o rei e a burguesia, o aprimoramento das técnicas de navegação, a necessidade de se descobrir um novo caminho para as índias.
Comentários
            A procura de novos mercados produtores agrícolas era necessário para atender ao extraordinário crescimento da população da Europa Ocidental, ocorrida entre os séculos XV e XVI. Como a produção agrária europeia passou a ser insuficiente para abastecer os mercados consumidores, a conquista desses mercados podia ser a solução.
            Por sua vez, as indústrias artesanais da Europa havia se desenvolvido muito. Como a capacidade de produção dessas indústrias, crescera muito acima da capacidade de consumo dos mercados nacionais, eles passaram a necessitar de novos mercados para o escoamento dos seus produtos manufaturados.
            Outro fator importante da Expansão Comercial e Marítima foi a escassez de ouro e prata decorrentes do esgotamento das jazidas europeias. Esses metais preciosos eram importantes para dinamizarem as relações comerciais e fortalecer os Estados modernos.
            A necessidade de se descobrir um novo caminho para as Índias foi também um dos motivos essenciais para as Grandes Navegações.
            Índias era o nome genérico com que os Europeus se referiam a uma vasta região da Ásia como a China, o Japão, a Índia, a Arábia Saudita. Regiões asiáticas produtoras de artigos de luxo como a seda, porcelana e especiarias, usadas na Europa como condimentos e para preservar alimentos.
            A descoberta de um novo caminho marítimo para as índias significava para a burguesia mercantil de Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda o acesso direto às fontes produtoras das especiarias e a possibilidade de se livrar do monopólio que as cidades italianas – Gênova e Veneza, principalmente – exerciam sobre o comércio desses produtos no Mar Mediterrâneo.
            Para obter esses produtos por preços mais baixos a burguesia de Portugal, Espanha, França Inglaterra e Holanda, não deveriam passas pelo Mediterrâneo e sim chegar às fontes produtoras dessas mercadorias e evitar o encontro armado contra genoveses e venezianos.
            Outro fator importante para a Expansão foi o aprimoramento de alguns aparelhos de orientação naútica como a bússola, o astrolábio e a invenção da Caravela, um navio mais fácil de manobrar e mais veloz em mares aberto.
            Finalmente a aliança entre o rei e a burguesia contribuiu de maneira decisiva para a Expansão Comercial e Marítima, já que o sucesso de qualquer empreendimento depende em grande parte da força de um Estado centralizado e do capital da rica burguesia, juntos, rei e burguesia patrocinavam e financiavam grandes expedições para a Ásia, a África e América.

O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES





Caravela

            Em fins do século XIV, Portugal sofreu uma séria ameaça de perder sua independência e ser anexado ao reino de Castela.
            Essa ameaça foi a causa fundamental de um movimento armado, liderado pela burguesia portuguesa e apoiado pela arraia-miúda (camadas populares), que ficou conhecida como Revolução de Avis (1383-1385).
            Vitoriosa, a revolução garantiu a independência de Portugal e foi decisiva para a complementação do processo de centralização política do país. Nascia então o primeiro Estado moderno Europeu – Portugal.
            Com a revolução surgiu uma nova dinastia, a dinastia de Avis e com ela completou-se a aliança entre o rei e a burguesia portuguesa. A centralização política e a Aliança rei-burguesia foram fatores essenciais para o pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações, pois Portugal foi o primeiro país europeu a iniciar a Expansão Comercial e Marítima.
            Outros importantes fatores do pioneirismo português foram a ausência de conflitos internos e externos, após a Revolução de Avis e o interesse português pela navegação. Tudo isso levou o infante d. Henrique e fundar a Escola de Sagres, onde se reunião, cartógrafos, engenheiros, matemáticos e especialista na arte de navegar.
 Busola

            Tudo isso colocava Portugal em vantagem com a Espanha empenhada na luta de reconquista de parte da Península Ibérica, ocupada pelos árabes e em ralação à França e a Inglaterra que se destruíam na guerra dos Cem ano


 Astrolabio


A DESCOBERTA DE UM NOVO CAMINHO PARA  AS ÍNDIAS




            A Expansão Marítima Portuguesa começou em 1415, com a conquista de Ceuta (atual Marrocos), no Norte da África.
            Depois da Conquista de Ceuta, os portugueses continuaram fazendo exploração oceânicas no Atlântico sul, ao longo da costa ocidental africana.
            Instalaram-se na Ilha da Madeira, nos Açores e no arquipélago de Cabo Verde e nessas regiões desenvolveram o plantio de cana-de-açúcar.
            No litoral do continente africano os portugueses fundaram vários entre postos comerciais (feitorias), onde comerciavam ouro, sal, marfim e especialmente escravos negros. Estes eram levados para trabalhar na lavoura canavieira nas ilhas atlânticas portuguesas e em serviços agrários e domésticos em Portugal e outros países do sul da Europa.
            O avanço português em direção às Índias foi lento, porém contínuo, costeando o litoral ocidental da África rumo as sul.

  Bartolomeu Dias

            Foi somente em 1488 que o navegador português Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança no extremo sul da África, feito importantíssimo para que, dez anos depois Vasco da Gama chegasse em Calicute na Índia.

Vasco da gama

            Estava finalmente descoberto o novo cominho marítimo para as Índias, isto é, para as fontes produtoras das especiarias.
            Para os portugueses, pioneiros na expansão e descobridores do novo caminho para as Índias torna-se fundamental a posse do monopólio do comércio asiático, já que naquela época as especiarias propiciavam o mais lucrativo comércio do mundo e quem o monopolizasse seria rico e poderoso.
            Para iniciar o processo de controle exclusivo do comércio das especiarias, o rei D. Manoel organizou uma forte esquadra que foi colocada sob o comando de Pedro Álvares Cabral.
            A esquadra de Cabral desviou-se da seu caminho às Índias e chegou ao Brasil em 22 de abril de l500, seguindo depois rumo à Ásia, que era o objetivo principal da esquadra.

Rota de Pedro Alves Cabral





O IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS

  Mapa de Portugal-antigo


            O verdadeiro fundador do Império Colonial Português foi Afonso de Albuquerque, que com suas conquistas em regiões asiáticas deu a Portugal o monopólio dos produtos orientais.
            Nas primeiras décadas do século XVI, Portugal conseguiu dominar Ormuz, no Golfo Pérsico, Socatra e Áden, na entrada do Mar Vermelho, Goa, na Índia e regiões da China e do Japão.

 Mar Vermelho

            O comércio oriental português, tão lucrativo a principio, começa a mostrar sinais de crise já na segunda metade do século XVI.
            Essa crise se explica pelo fato de Portugal não ter conseguido manter o monopólio sobre os produtos orientais.
            A crise do comércio asiático levou Portugal a uma dependência econômica em relação à Holanda e posteriormente à Inglaterra.
            O Brasil, descoberto pelos portugueses, nos primeiros 30 anos depois do descobrimento, não existiu colonização. Essa fase é chamada por nossos historiadores de pré-colonial, foi marcada pelo extrativismo vegetal do Pau Brasil, com mão-de-obra indígena baseada no escambo, pela criação de algumas feitorias e envio de algumas expedições exploradoras e guarda-costeiras. O Brasil durante três décadas foi relegado a um plano secundário.
            Nesse momento, o Estado e a burguesia portuguesas estavam mais interessados na África e na Ásia, porque ai os lucros eram imediatos com o comércio das especiarias orientais e dos produtos africanos, como o ouro, o marfim, além do escravo negro.
            Em 1520, via uma dupla necessidade de iniciar a colonização no Brasil. Por um lado, o reino passava por crises financeiras com a perda do monopólio do comércio das especiarias ocidentais. Por outro lado, a crescente presença estrangeira, notadamente francesa, no nosso litoral, ameaçava a posse portuguesa no novo mundo. Nesse sentido, o governo português enviou ao Brasil em 1530, a primeira expedição colonizadora. Sob o comando de Martim Afonso de Souza. Essa expedição visava povoar a terra, defendê-la, organizar sua administração e sistematizar a exploração econômica.
            Martim Afonso de Souza, também se destacou em nossa história por ter trazido as primeiras mudas de cana-de-açúcar na região de São Vicente (SP) – produto que representará o primeiro grande momento da economia colonial – promovendo a instalação do primeiro engenho do Brasil (Engenho do Governador) e dando condições para a fundação em 1532 de São Vicente, primeiro núcleo populacional do Brasil.
                 Outro modelo de administração desenvolvido pelo Governo Português, foi o das Capitanias hereditárias, porém não surtiu os efeitos desejados. O Modelo foi substituído pelo sistema de Governo Gearal.
                        O primeiro Governador Geral, foi Tomé de Souza, que chegou à Bahia em 1449 e fundou a cidade de Salvador.
                           Esse modelo de organização administrativa, criado para substituir o modelo de Capitanias Hereditárias que não deu certo em terras brasileiras, Como op sistema não deu muito certo. Portugal passou então a centralizar a administração da colonia griando o cargo de Governador Geral. Esse governadoe era, a partir daquele momento, a mais importante autoridade presente no Brasil e tinha a função de representar os interesses do rei de Portugal em terras brasileiras.
                                 Mesmo tendo grandes poderes, o Governador Geral sozinho não daria conta de todas as responsabilidades e problemas que envolviam a organização do espaço colonial. Foi então que, para melhor cumprir suas atribuições, o Governador Geral contava com o auxíio de outros três auxiliares: o provedor mor, o capitão mor e o ouvidor mor.
                                O provedor mor tinha a responsabilidade de garantir a arrecadação dos impostos e cuidar dos gastos que o governo geral tivesse na administração do território. O Capitão Mor tinha a função de organizar as tropas respopnsáveis pela defesa do litoral brasileiro contra possíveis invasões estrangeiras e os ataques das comunidades indígenas. Já o Ouvidor mor exercia a função de juíz, aplicando as leis e resolvendo os conflitos existentes entre a população colonial.
                                      Em 1580, o então rei de Poerugal D. Sebastião morreuna batalçha de Alcácer-Quibir, travada no Norte da África. Ele não havia deixado filhos (herdeiros diretos), então o Cardeal D. Henrique que era seu parente mais próximo assumiu o governo de Portugal por dois anos e veio a falacer.
                                          Assim houve uma disputa feroz pela posse da Coroa Portuguesa, que foi  vencida pelo rei da Espanha Felope II, Houve ai a união de duas coroas Ibéricas sob o comando de um único rei. A dominação espanhola em Portugal durou até 1640, quando o Duque de Bragança foi aclamado rei de Portugal com o título e D. João I.
                                           O domínio espanhol sobre Portugal teve muitas conseqüências, em sua grande maioria agravando uma crise que já existia desde o começo do século XVI. Para o Brasol duas conseqüências importantes tinham o acordi da União Ibérica
                                              A primeira foi o fato de Espanha e Portugal, terem o livre acesso na América. A outra é a retaliação sofrida pela colônia, por parte de outras nações. Os brasileiros lutavam pela expulsão dos holandeses.
                                                Mas com três violentas lutas, como o combate do monte das "Tabocas! que aconteceu en 1645 e as duas batalhas dos Guarrarapes em 1648 e 1649, os holandeses foram derrotados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Francisco de Assis, 1997, História Moderna e Contemporânea, S~]ao Paulo: Moderna 1990.
IBEP: Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, São Paulo. www.ibepnacional.com.br ILUSTRAÇÕES- ENCONTRADAS NO GOOGLE                         
VÍDEO - YOU TUBE
CARNEIRO, Edson, A Cidade do Salvador , 1549, Uma reconstituição Histórica: Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1949

             

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