quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SALIF KEITA

SALIF KEITA

SALIF KEITA

O MALI POSSUI PROVALVEMENTE, UMA DAS MAIS RICAS E ANTIGAS TRADIÇÕES MUSICAIS DO MUNDO. UMA HISTÓRIA COM MAIS DE 6000 ANOS DE EXISTÊNCIA.

É APENAS NO SÉCULO XIII. QUE OS MÚSICOS GANHARAM UM ESTATUTO ESPECIAL AO TOCAREM PARA O PRIMEIROREI DE MALI. O REI CAÇADOR SOUNDJATA KEITA.

DESDE 700 ANOS ATÉ HOJE, OS MÚSICOS DA ETNIA MANDINGA – DA QUAL FAZ PARTE O REI FUNDADOR KEITA TEM CONTADO A HISTÓRIA DO PAÍS E DAS NOTÁVEIS PERSONALIDADES DA ÁFRICA.

ESSES MÚSICOS SÃO CONSIDERADOS GRIÔTS (ARTISTAS NASCIDOS EM BERÇO MUSICAL COM UM DESTINO TRAÇADO NO CÓDIGO GENÉTICO): ANIMAM A CORTE COM CANÇÕES ÉPICAS E DE LOUVOR ACERCA DOS ATOS HERÓICOS DOS GUERREIROS E CAÇADORES ANCESTRAIS.


DESCENDENTE DO REI QUE FUNDOU O MAIOR IMPERIO DA ÁFRICA OCIDENTAL ATÉ O SÉCULO XV. SALIF KEITA TORNOU-SE NA DÉCADA DE 1980 UMA FIGURA DE GRANDE PRESTÍGIO DA MÚSICA AFRICANA.

O NOBRE SALIF KEITA NOTABILIZOU-SE PELA FUSÃO DA MÚSICA TRADICIONAL DA ETNIA MANDINGA E A MÚSICA POPULAR EUROPÉIA.

MAS, A SUA HISTÓRIA MUSICAL NÃO FOI FÁCIL. AO NASCER ALBINO SALIF DESPERTOU A IRA DOS SUPERTICIOSOS – SER ALBINO NO MALI, SIGNIFICA MÁ SORTE E PODE SER CAUSA DE ASSASSINATO -. COMO SE ISSO NÃO BASTASSE, A FAMÍLIA KEITA NÃO APROVOU O FATO DE SALIF TER-SE TORNADO MÚSICO, PELA SIMPLES RAZÃO DESSA ATIVIDADE ESTAR CONFINADA AOS GRIÔTS (TERMO DO VOCÁBULO FRANCO-AFRICANO CRIADO NA ÉPOCA COLONIAL PARA DESIGNAR O NARRADOR, CANTOR, CRONISTA). PELA TRADIÇÃO ORAL ELES TRANSMITEM A HISTÓRIA DE FAMÍLIAS E PERSONAGENS IMPORTANTES. SÃO CONTADORES DE HISTÓRIAS E SÃO CONSIDERADOS SÁBIOS MUITO IMPORTANTES E RESPEITADOS NA COMUNIDADE EM QUE VIVEM.

COMO NÃO PODIA DEIXARDE SER ELE HOMENAGEIA NELSON MANDELA, COM A CANÇÃO MADIBA (PAI DE TODOS).
LETRA DA MÚSICA:
Eu tenho lutado pelos negros, contra a dominação.
Tenho acalentado a ideia de Democracia e de uma
Sociedade em que as pessoas poderão viver juntas
Em harmonia e igualdade de oportunidades para todos
Mas, meu senhor esse precisa ser o ideal para os quais,
Estou preparado e luto todos os dias.

ENTÃO, NA LEITURA DA LETRA DA MÚSICA DE SALIF KEITA PERCEBE-SE QUE ELE RETRATA A HISTÓRIA DE NELSON MANDELA CONTRA O APARTHEID – QUE FOI UM REGIME DE DISCRIMINAÇÃO MAIS CRUEL QUE SE TEM NOTÍCIA NA MUNDO. ESSE REGIME VIGOROU NA ÁFRICA DO SUL DE 1948 ATÉ 1990. E DURANTE TODO ESSE TEMPO ESTEVE LIGADO Á POLÍTICA DO PAÍS.
INGLESES E AFRICÂNERS, PARA MINIMIZAR A INFERIORIDADE NUMÉRICA, EM 1911, FECHARAM UM ACORDO PARA APROVAÇÃO DE LEIS SEGREGACIONISTAS CONTA A POPULAÇÃO NEGRA.

APOLÍTICA DE SEGREGAÇÃO RACIAL FOI OFICIALIZADA EM 1948, COM A CHEGADA AO PODER DO PARTIDO NACIONAL. VENCE DANIEL MALAN, SIMPATIZANTE DA IDEOLOGIA NAZISTA. ELE USOU NA SUA CAMPANHA A PALAVRA APARTHEID, QUE SIGNIFICA – SEPARAÇÃO -.

O APARTHEID ATINGIA A HABITAÇÃO, O EMPREGO, A EDUCAÇÃO, OS SERVIÇOS PÚBLICOS. O NEGRO NÃO TINHA DIREITO ÀS TERRAS, NEM DE PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA.ERAM OBRIGADOS A VIVER EM ZONAS RESIDÊNCIAS SEPARADAS DOS BRANCOS, O CASAMENTO E RALAÇÕES SEXUAIS ENTRE OS NEGROS E BRANCOS ERAM ILEGAIS.

OS NEGROS TRABALHAVAM GERALMENTE NAS MINAS, COMANDADOS POR CAPATAZESBRANCOS, E VIVIAM EM GUETOS MISÉRAVEIS E SUPERPOVOADOS.

PARA LUTAR CONTRA ESSA INJUSTIÇAS OS NEGROS ACIONARAM O C.N.A. – UMA ORGANIZAÇÃO NEGRA CLANDESTINA QUE TINHA COMO LÍDER NELSO MANDELA.

APÓS O MASSACRE DE SHARPVILLE EM 21 DE MARÇO DE 1960, ONDE FOI MASSACRADOS PELO EXÉRCITO SUL AFRICANO NO BAIRRO DE SHARPVILLE, 69 PESSOAS ENTRE HOMENS NEGROS CRIANÇAS, MULHERES EM PLENA PRAÇA PÚBLICA SIMPLISMENTE PORQUE PROTESTAVAM PACIFICAMENTE PARA PEDIR A EXTINÇÃO DA LEI DO PASSE, QUE OS OBRIGAVAM A PORTAR CARTÕES DE IDENTIFICAÇÃO POR ONDE LHES ERAM PERMETIDO CIRCULA.

O CNA (CONSELHO NACIONAL AFRICANO ) OPTOU PELA LUTA ARMADA CONTRA O GOVERNO DO BRANCO, ISSO FEZ COM QUE EM 1962, MANDELA FOSSE PRESO E CONDENADO Á PRISÃO PERPÉTUA.

EM 1991 SOB A PRESSÃO DA MAIORIA DOS PAÍSES DEMOCRÁTICOS DO MUNDO, O PRESIDENTE FREDERIC LE KLERK, NÃO TEVE OUTRA SAÍDA, DESFEZ OFICIALMENTE O APARTHEID E LIBEROU TODOS OS LÍDERES POLÍTICOS, ENTRE ELES NELSON MANDELA. QUE APÓS TRÊS ANOS EM 1994, TARNA-SE O PRIMEIRO PRESIDENTE NEGRO DA ÁFRICA DO SUL.

CULTURA E CONFLITOS NA AMÉRICA PORTUGUESA

                          Resenha
                                                                              Autor: Rubens Xavier Lima
           
            As incursões de caráter colonizador na América portuguesa promoveram contato entre portugueses e nativos. Os colonizadores se aventuraram pelo interior – denominado de sertão – com representações já construídas para esse território: lugar no qual se poderiam encontrar riquezas, mais distante e não colonizado. A chegada dos portugueses em áreas ocupadas por nativos resultou em intensos confrontos entre ambos os povos Pretensamente civilizados, os colonizadores objetivaram civilizar e catequizar os indígenas. Nesse contato de matrizes culturais distintas, as relações foram conflitantes e acomodativas também. Praticas culturais diferenciadas foram desenvolvidas em um mesmo território promovendo um processo de iniciação de conflitos entre o nativo e o explorador das suas riquezas naturais.
A REVALTA DE BECKMAN E A GUERRA DOS MASCATES
No final do século XVII, e início de XVIII surgiram os primeiros conflitos de maiores consequências conflituosas para a colônia portuguesa. Muitos autores relacionam esse clima de conflitos à nova política colonial adotada por Portugal depois da Restauração em 1640. Pois, nesse contexto, as contradições entre metrópole e colônia se manifestaram de diversas maneiras. O protesto ao regime monopolista, exemplificado com a Revolta de Beckman em 1684, no Maranhão e o conflito entre senhores de engenho e mercadores, traduzidos na Guerra dos Mascates em 1709-1711 em Pernambuco são exemplos das manifestações dos colonos na América Portuguesa.
            Entretanto, as rebeliões coloniais até o inicio do século XVIII não chegaram a propor claramente a emancipação política como solução, à proposta de ruptura só será evidenciada em movimentos como a Inconfidência Mineira em 1789 e a Conjuração Baiana ou dos Alfaiates em 1798.
            A revolta liderada por Manoel Bechman, um abastado senhor de engenho, também conhecido por Bequimão, eclodiu em 1684. Os revoltosos invadiram as instalações da Companhia, saquearam os armazéns e tentaram organizar um governo local. Expulsaram os jesuítas com o apoio da Câmara Municipal de São Luiz e dos padres Carmelitas. Os colonos do Maranhão propunham a abolição do monopólio da companhia e uma relação comercial mais justa.
            Foi composto um governo provisório, sob o comendo de Manoel Beckman e, seu irmão Tomás Beckman, foi enviado a Lisboa para apresentar as reivindicações dos revoltosos. Tomás Beckman foi prese e recambiado para o Brasil, na mesma frota em que veio o novo Governador do Maranhão, Gomes Freire de Andrade. O novo governador foi recebido com obediência, e, em seguida, reconduziu as autoridades depostas. Manoel Beckman foi executado.
GUERRA DOS MASCATES
            Trata-se de um conflito ocorrido em Pernambuco entre senhores de engenho e grandes comerciantes, denominados de “mascates”, na maioria portuguesa. Esses comerciantes foram atraídos para o Recife que após a expulsão dos holandeses havia se tornado em centro comercial estratégico.
            Já Olinda era uma cidade tradicionalmente dominada pelos senhores de engenho. O desenvolvimento comercial experimentado por Recife passou a ser controlado por comerciantes, testemunhavam o crescimento do comércio, indicando que essa atividade já era mais importante que a atividade açucareira, à que se dedicavam os senhores de engenho olindenses.
            Com a concorrência das Antilhas, os senhores de engenhos já vinham sofrendo prejuízos que colocou em crise a produção de açúcar no nordeste. Mas, ainda tinham plenos poderes, pois, controlavam a Câmara Municipal de Olinda.
            Com o crescimento de Recife, os mercadores ganharam importância e começaram a reivindicar a sua autonomia política-administrativa, buscando libertar-se de Olinda e da autoridade da sua Câmara Municipal. A Reivindicação foi atendida e Recife tornou-se uma Vila independente com direito a ter sua Câmara Municipal. Os Comerciantes libertaram-se definitivamente das autoridades de Olinda.
            Os senhores de engenho de Olinda, não aceitaram essa independência e resolveram fazer uso da força para impedir as pretensões dos comerciantes. O conflito estourou, com agressões dos dois lados. O governo Metropolitanointerveio em favor dos comerciantes, Após o conflito Recife foi equiparada a Olinda, terminando assim a Guerra dos Mascates, cuja vitória, reafirmou o predomínio mercantilsobre a produção colonial. Considerando que os senhores de engenho eram frequentemente devedores dos comerciantes, pode-se dizer que a equiparação política das duas cidades tinha fortes razões econômicas e obedecia a lógica do sistema colonial.
REFERÊNCIAS
MATOS, Katia Maria de Queirós. Os conflitos no Brasil Colonial, Salvador. Corrupio, 2004.
TAVARES, Luiz Henrique Dias, guerras no Maranhão e em Pernambuco. São Paulo Pioneira; Brasília. INL. 1975.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – ANPUH - XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA; 2007.






















sábado, 19 de novembro de 2011

A Expansão Comercial e Maritima dos Europeus

HISTORIA DO BRASIL I
ATIVIDADE PROGRAMADA

Autores: Rubens Xavier Lima e Jeane Macedo Marques

A PRIMAZIA DE PORTUGAL

OS PRIMEIROS 30 ANOS DA AMÉRICA PORTUGUESA

O GOVERNO GERAL - IMPLANTAÇÃO

A UNIÃO IBÉRICA E AS AMEAÇAS EXTERNAS NA AMÉRICA PORTUGUESA

    Video

           No inicio do século XV, portanto ainda no final da Idade Média, começou na Europa um processo de Expansão Comercial e Marítima que envolveu países como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, interessados em ampliar o comércio nacional em direção à África e à Ásia.
            A Expansão Comercial e Marítima foi causada por um conjunto de forças e motivos que impulsionaram os europeus para as Grandes Navegações, para a dominação sobre os asiáticos, os africanos e mais tarde sobre os americanos e para a formação de grandes impérios coloniais.
            Dentre essas forças e motivos destacam-se: a procura de mercados produtores agrícolas, para suprir as necessidades da crescente população europeia, a procura de mercados consumidores de produtos manufaturados da Europa, e escassez de metais preciosos na Europa, a Ascenção da Burguesia, a aliança entre o rei e a burguesia, o aprimoramento das técnicas de navegação, a necessidade de se descobrir um novo caminho para as índias.
Comentários
            A procura de novos mercados produtores agrícolas era necessário para atender ao extraordinário crescimento da população da Europa Ocidental, ocorrida entre os séculos XV e XVI. Como a produção agrária europeia passou a ser insuficiente para abastecer os mercados consumidores, a conquista desses mercados podia ser a solução.
            Por sua vez, as indústrias artesanais da Europa havia se desenvolvido muito. Como a capacidade de produção dessas indústrias, crescera muito acima da capacidade de consumo dos mercados nacionais, eles passaram a necessitar de novos mercados para o escoamento dos seus produtos manufaturados.
            Outro fator importante da Expansão Comercial e Marítima foi a escassez de ouro e prata decorrentes do esgotamento das jazidas europeias. Esses metais preciosos eram importantes para dinamizarem as relações comerciais e fortalecer os Estados modernos.
            A necessidade de se descobrir um novo caminho para as Índias foi também um dos motivos essenciais para as Grandes Navegações.
            Índias era o nome genérico com que os Europeus se referiam a uma vasta região da Ásia como a China, o Japão, a Índia, a Arábia Saudita. Regiões asiáticas produtoras de artigos de luxo como a seda, porcelana e especiarias, usadas na Europa como condimentos e para preservar alimentos.
            A descoberta de um novo caminho marítimo para as índias significava para a burguesia mercantil de Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda o acesso direto às fontes produtoras das especiarias e a possibilidade de se livrar do monopólio que as cidades italianas – Gênova e Veneza, principalmente – exerciam sobre o comércio desses produtos no Mar Mediterrâneo.
            Para obter esses produtos por preços mais baixos a burguesia de Portugal, Espanha, França Inglaterra e Holanda, não deveriam passas pelo Mediterrâneo e sim chegar às fontes produtoras dessas mercadorias e evitar o encontro armado contra genoveses e venezianos.
            Outro fator importante para a Expansão foi o aprimoramento de alguns aparelhos de orientação naútica como a bússola, o astrolábio e a invenção da Caravela, um navio mais fácil de manobrar e mais veloz em mares aberto.
            Finalmente a aliança entre o rei e a burguesia contribuiu de maneira decisiva para a Expansão Comercial e Marítima, já que o sucesso de qualquer empreendimento depende em grande parte da força de um Estado centralizado e do capital da rica burguesia, juntos, rei e burguesia patrocinavam e financiavam grandes expedições para a Ásia, a África e América.

O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES





Caravela

            Em fins do século XIV, Portugal sofreu uma séria ameaça de perder sua independência e ser anexado ao reino de Castela.
            Essa ameaça foi a causa fundamental de um movimento armado, liderado pela burguesia portuguesa e apoiado pela arraia-miúda (camadas populares), que ficou conhecida como Revolução de Avis (1383-1385).
            Vitoriosa, a revolução garantiu a independência de Portugal e foi decisiva para a complementação do processo de centralização política do país. Nascia então o primeiro Estado moderno Europeu – Portugal.
            Com a revolução surgiu uma nova dinastia, a dinastia de Avis e com ela completou-se a aliança entre o rei e a burguesia portuguesa. A centralização política e a Aliança rei-burguesia foram fatores essenciais para o pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações, pois Portugal foi o primeiro país europeu a iniciar a Expansão Comercial e Marítima.
            Outros importantes fatores do pioneirismo português foram a ausência de conflitos internos e externos, após a Revolução de Avis e o interesse português pela navegação. Tudo isso levou o infante d. Henrique e fundar a Escola de Sagres, onde se reunião, cartógrafos, engenheiros, matemáticos e especialista na arte de navegar.
 Busola

            Tudo isso colocava Portugal em vantagem com a Espanha empenhada na luta de reconquista de parte da Península Ibérica, ocupada pelos árabes e em ralação à França e a Inglaterra que se destruíam na guerra dos Cem ano


 Astrolabio


A DESCOBERTA DE UM NOVO CAMINHO PARA  AS ÍNDIAS




            A Expansão Marítima Portuguesa começou em 1415, com a conquista de Ceuta (atual Marrocos), no Norte da África.
            Depois da Conquista de Ceuta, os portugueses continuaram fazendo exploração oceânicas no Atlântico sul, ao longo da costa ocidental africana.
            Instalaram-se na Ilha da Madeira, nos Açores e no arquipélago de Cabo Verde e nessas regiões desenvolveram o plantio de cana-de-açúcar.
            No litoral do continente africano os portugueses fundaram vários entre postos comerciais (feitorias), onde comerciavam ouro, sal, marfim e especialmente escravos negros. Estes eram levados para trabalhar na lavoura canavieira nas ilhas atlânticas portuguesas e em serviços agrários e domésticos em Portugal e outros países do sul da Europa.
            O avanço português em direção às Índias foi lento, porém contínuo, costeando o litoral ocidental da África rumo as sul.

  Bartolomeu Dias

            Foi somente em 1488 que o navegador português Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança no extremo sul da África, feito importantíssimo para que, dez anos depois Vasco da Gama chegasse em Calicute na Índia.

Vasco da gama

            Estava finalmente descoberto o novo cominho marítimo para as Índias, isto é, para as fontes produtoras das especiarias.
            Para os portugueses, pioneiros na expansão e descobridores do novo caminho para as Índias torna-se fundamental a posse do monopólio do comércio asiático, já que naquela época as especiarias propiciavam o mais lucrativo comércio do mundo e quem o monopolizasse seria rico e poderoso.
            Para iniciar o processo de controle exclusivo do comércio das especiarias, o rei D. Manoel organizou uma forte esquadra que foi colocada sob o comando de Pedro Álvares Cabral.
            A esquadra de Cabral desviou-se da seu caminho às Índias e chegou ao Brasil em 22 de abril de l500, seguindo depois rumo à Ásia, que era o objetivo principal da esquadra.

Rota de Pedro Alves Cabral





O IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS

  Mapa de Portugal-antigo


            O verdadeiro fundador do Império Colonial Português foi Afonso de Albuquerque, que com suas conquistas em regiões asiáticas deu a Portugal o monopólio dos produtos orientais.
            Nas primeiras décadas do século XVI, Portugal conseguiu dominar Ormuz, no Golfo Pérsico, Socatra e Áden, na entrada do Mar Vermelho, Goa, na Índia e regiões da China e do Japão.

 Mar Vermelho

            O comércio oriental português, tão lucrativo a principio, começa a mostrar sinais de crise já na segunda metade do século XVI.
            Essa crise se explica pelo fato de Portugal não ter conseguido manter o monopólio sobre os produtos orientais.
            A crise do comércio asiático levou Portugal a uma dependência econômica em relação à Holanda e posteriormente à Inglaterra.
            O Brasil, descoberto pelos portugueses, nos primeiros 30 anos depois do descobrimento, não existiu colonização. Essa fase é chamada por nossos historiadores de pré-colonial, foi marcada pelo extrativismo vegetal do Pau Brasil, com mão-de-obra indígena baseada no escambo, pela criação de algumas feitorias e envio de algumas expedições exploradoras e guarda-costeiras. O Brasil durante três décadas foi relegado a um plano secundário.
            Nesse momento, o Estado e a burguesia portuguesas estavam mais interessados na África e na Ásia, porque ai os lucros eram imediatos com o comércio das especiarias orientais e dos produtos africanos, como o ouro, o marfim, além do escravo negro.
            Em 1520, via uma dupla necessidade de iniciar a colonização no Brasil. Por um lado, o reino passava por crises financeiras com a perda do monopólio do comércio das especiarias ocidentais. Por outro lado, a crescente presença estrangeira, notadamente francesa, no nosso litoral, ameaçava a posse portuguesa no novo mundo. Nesse sentido, o governo português enviou ao Brasil em 1530, a primeira expedição colonizadora. Sob o comando de Martim Afonso de Souza. Essa expedição visava povoar a terra, defendê-la, organizar sua administração e sistematizar a exploração econômica.
            Martim Afonso de Souza, também se destacou em nossa história por ter trazido as primeiras mudas de cana-de-açúcar na região de São Vicente (SP) – produto que representará o primeiro grande momento da economia colonial – promovendo a instalação do primeiro engenho do Brasil (Engenho do Governador) e dando condições para a fundação em 1532 de São Vicente, primeiro núcleo populacional do Brasil.
                 Outro modelo de administração desenvolvido pelo Governo Português, foi o das Capitanias hereditárias, porém não surtiu os efeitos desejados. O Modelo foi substituído pelo sistema de Governo Gearal.
                        O primeiro Governador Geral, foi Tomé de Souza, que chegou à Bahia em 1449 e fundou a cidade de Salvador.
                           Esse modelo de organização administrativa, criado para substituir o modelo de Capitanias Hereditárias que não deu certo em terras brasileiras, Como op sistema não deu muito certo. Portugal passou então a centralizar a administração da colonia griando o cargo de Governador Geral. Esse governadoe era, a partir daquele momento, a mais importante autoridade presente no Brasil e tinha a função de representar os interesses do rei de Portugal em terras brasileiras.
                                 Mesmo tendo grandes poderes, o Governador Geral sozinho não daria conta de todas as responsabilidades e problemas que envolviam a organização do espaço colonial. Foi então que, para melhor cumprir suas atribuições, o Governador Geral contava com o auxíio de outros três auxiliares: o provedor mor, o capitão mor e o ouvidor mor.
                                O provedor mor tinha a responsabilidade de garantir a arrecadação dos impostos e cuidar dos gastos que o governo geral tivesse na administração do território. O Capitão Mor tinha a função de organizar as tropas respopnsáveis pela defesa do litoral brasileiro contra possíveis invasões estrangeiras e os ataques das comunidades indígenas. Já o Ouvidor mor exercia a função de juíz, aplicando as leis e resolvendo os conflitos existentes entre a população colonial.
                                      Em 1580, o então rei de Poerugal D. Sebastião morreuna batalçha de Alcácer-Quibir, travada no Norte da África. Ele não havia deixado filhos (herdeiros diretos), então o Cardeal D. Henrique que era seu parente mais próximo assumiu o governo de Portugal por dois anos e veio a falacer.
                                          Assim houve uma disputa feroz pela posse da Coroa Portuguesa, que foi  vencida pelo rei da Espanha Felope II, Houve ai a união de duas coroas Ibéricas sob o comando de um único rei. A dominação espanhola em Portugal durou até 1640, quando o Duque de Bragança foi aclamado rei de Portugal com o título e D. João I.
                                           O domínio espanhol sobre Portugal teve muitas conseqüências, em sua grande maioria agravando uma crise que já existia desde o começo do século XVI. Para o Brasol duas conseqüências importantes tinham o acordi da União Ibérica
                                              A primeira foi o fato de Espanha e Portugal, terem o livre acesso na América. A outra é a retaliação sofrida pela colônia, por parte de outras nações. Os brasileiros lutavam pela expulsão dos holandeses.
                                                Mas com três violentas lutas, como o combate do monte das "Tabocas! que aconteceu en 1645 e as duas batalhas dos Guarrarapes em 1648 e 1649, os holandeses foram derrotados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Francisco de Assis, 1997, História Moderna e Contemporânea, S~]ao Paulo: Moderna 1990.
IBEP: Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, São Paulo. www.ibepnacional.com.br ILUSTRAÇÕES- ENCONTRADAS NO GOOGLE                         
VÍDEO - YOU TUBE
CARNEIRO, Edson, A Cidade do Salvador , 1549, Uma reconstituição Histórica: Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1949