quarta-feira, 2 de maio de 2012

Memorial


MEMORIAL

Rubens Xavier Lima


              Para elaborar o presente memorial, levo em conta às relações estabelecidas com o mundo, possibilitando a construção das minhas memórias desde o início da minha vida estudantil e profissional.
                Considero este memorial auto avaliativo, creio que ele acaba se tornando um instrumento confessional da minha vida.
               Sou filho primogênito de uma família de onze filhos, o nome do meu pai e Francisco Quirino e o nome da minha mãe é Elvira Xavier (ambos estão morando no céu). Sou natural de Piatã-Ba.
               Meu pai foi funcionário público da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia e minha mãe, uma senhora digna, dona do lar, o papel que desempenhou na vida foi o de viver exclusivamente para os filhos, tratando-os como se fossem o mais precioso presente que recebeu do criador. Participava ativamente das atividades da igreja católica se dedicando à música tocando Bandolim e Harmônio e cantava na igreja durante a missa.

O Início dos estudos

               Quanto ao início dos meus estudos na escola primária, foi bastante conturbado e não foi regular é que por volta dos anos cinqüenta o Estado tinha grandes dificuldades para contratar professores dispostos a enfrentar as dificuldades inerentes àquele período, principalmente aqui no sertão.
                 Fui alfabetizado por uma professora particular – professora “Lacy”, filha de dona Adelaide dona do Cartório Cível
               O método de ensino-aprendizagem oferecido pela professora foi o mais elementar possível, o material didático era o ABC, a Cartilha e a Tabuada. As lições de escrita e leitura eram atividades extra classe, tive o apoio da minha mãe na elaboração das tarefas. Com muitas dificuldades, mas, com dedicação, conseguir me alfabetizar já com doze anos de idade. Recordo da satisfação, foi um espanto, quando descobrir de repente que podia juntar as letras e sílabas e formar palavras e, portanto, ler, acho que o brilho de surpresa nos meus olhos era algo que nenhuma riqueza seria suficiente para pagar e compensava qualquer esforço que se teria feito.
                No ano de l959, freqüentei a escola primária regular (Escola Duque de Caxias). O nome da minha professora era Edite da Conceição Morais, proveniente de Salvador, professora muito eficiente, com ela tive uma visão mais ampla da importância do estudo. Desenvolvendo as competências e habilidades do ensino primário, tanto é verdade que passei no exame de admissão ao ginasial na cidade de Caetité.
                A professora Edite nunca deixou de comemora a semana da criança, o dia das mães, a semana da pátria. Naquele tempo a Educação Moral e Cívica era matéria obrigatória. Nós sempre cantamos os hinos de cor, o hino nacional, o hino da bandeira e o hino da Independência, ainda havia aulas de boas maneiras e higiene, toda sexta feira as crianças aprendiam a se cumprimentar, a pedir licença, desculpas, agradecer, as unhas, orelhas eram passadas em revista.
                 No ano de 1963, já com 14 anos, minha família e eu fomos morar em Caetité, o principal motivo que levou meu pai a tomar tal decisão foi à falta de ensino fundamental e médio aqui na minha cidade.

Caetité

                Caetité era um centro de educação por excelência no sertão da Bahia.
               Fiz parte daquele contexto quando estudei o curso ginasial no Instituto Anísio Teixeira, ali tive professores de capacidade inquestionável, como professora Eponina, Helena, Helio Negreiros, Jaime, João Gumes, Conceição e outros que no momento não me recorre na memória, estudava além das matérias formais, também, música e francês.

Caculé

              Em 1964, meu pai foi transferido para Caculé, cidade acolhedora, na qual fomos recebidos com muito carinho e consideração por muitas pessoas, que mais tarde vão se transformar em verdadeiros amigos.
              É em Caculé que acontece os fatos mais significativos da minha trajetória de vida. Ali, estudei o Magistério na Escola Normal Estadual de Caculé e cursei em paralelo o científico no Colégio Noberto Fernandes. O dia da minha formatura foi 27 de dezembro de 1970.  A maior parte da minha vida passai  nessa cidade, que me traz muitas recordações entre inúmeras a mais importante é a de Maria Celsa, Com ela me casei.Foi nessa cidade que conseguir meu primeiro emprego, como gerente de um de uma empresa no ramo de gêneros alimentícios.

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